GÓIS E SEUS POETAS - 5ª PARTE
Com estes modestos poemas meus vou por dar findo este livro "GÓIS E SEUS POETAS:
GÓIS TERRA DE ENCANTOS
Entre o rio e a montanha
Nasceu um dia na Beira.
Rica de mel e castanha!
Baptizada, depois,
Puseram-lhe o nome Góis.
Doada por D. Teresa a um tal Anião,
Deram-lhe uma História com Brasão.
E o fidalgo principal
D. Luís da Silveira
Quis um túmulo original
Na Capela-Mor da Igreja Matriz.
Entre o rio e pinheirais
Surgiu uma Vila pura
De tradições e cultura
Singulares perfis
Com formas medievais.
Velhos tectos, nichos e Capelas;
Painéis, portais e janelas
Vestígios de gravuras rupestres;
A Pedra Letreira à vista;
Azulejos, hispano-árabes, numa fonte:
E a velha Ponte quinhentista
Embalada pelas serras
Do Rabadão e Carvalhal,
Góis repousa em sossego
Junta ao Ceira que se queda
A beijar a praia da Peneda,
Santo António e Cerejal.
Lá vai a caminho do Mondego…
Terra amada, Deus a guarde
Na graça dos arrebóis!
Quando nasce a manhã e morre a tarde,
Não há terra mais linda do que Góis!