NOVENTA E CINCO ROSAS
Ó minha Mãe, santa Mãe,
Pensar perder-te me assusta:
Tristezas que a vida tem...
Verdades que à gente custa!
(Florinda Botelho de Almeida)
NOVENTA E CINCO ROSAS
Como o sol que se enconde lentamente,
Procurando o refúgio de algum monte...
E desmaia beijando o horizonte,
Assim desmaias, mãe, serenamente!
És o sol a esvair-se no poente
E quase que a chegar ao fim da "ponte"...
E eu olho para ti... beijo-te a fronte...
E receio que a passes de repente!
P'lo muito que me deste e recebi,
Noventa e cinco rosas para ti
Te trago com Amor e Gratidão.
Tu deste-me este Sol que me enternece,
Que embora no poente, inda me aquece
E brilha no meu triste coração!
Clarisse