O ADEUS À VIDA
Não há no mundo ninguém
Que não curve de respeito
Perante a mulher que é Mãe,
Embalando o filho ao peito.
(Ruth Brito Neto)
O ADEUS À VIDA
Ai, mãe não se me esvai do pensamento
A manhá de dezoito de Janeiro!
Estou a vê-la em denso nevoeiro
E uma santa a voar p'lo firmamento...
Tal como sempre, dei-te o alimento
Que tomaste... Mas Anjo mensageiro
surgindo, fez do Lar apeadeiro...
E em surdina te disse: " Eis o momento"...
Logo perdeste a fala, mãe querida,
E adormceste como um passarinho...
Porém, já fôra feita a despedida...
... Um dia, há muito tempo, em teu quartinho,
Disse: "Vamos dizer Adeus à Vida"!...
E trocámos abraços de carinho!
Clarisse: Jan. de 1998